30 de outubro de 2012

FUTEBOL: FC Sankt Pauli, Parabéns pelo Retorno!


A galera aqui do Boteco do Valente faz toda questão de parabenizar o FC Sankt Pauli pelo retorno a elite do futebol alemão, mas vamos contar essa história, pois agora, em seu ano de centenário, o St. Pauli conseguiu no último dia 8, o acesso a Bundesliga, primeira divisão do Campeonato Alemão, da qual ficou fora desde a temporada de 2001/2002.
Um clube de futebol cujo assessor de imprensa é relacionado para um jogo de primeira divisão. Seu ex-presidente é assumidamente gay. Uma torcida que se declara contra o racismo, fascismo e sexismo. Um uniforme que leva o nome de uma sex shop entre os patrocinadores e com a camisa em uma cor peculiar: marrom. Um de seus símbolos é a bandeira pirata. O St. Pauli pode não lutar pelo título alemão, mas brilha por ser a equipe mais alternativa do mundo. O time, que voltou nesta temporada à primeira divisão, tenta se firmar na elite. A tarefa tem sido árdua: o St. Pauli ocupa a 13ª posição com 28 pontos, três acima da zona de rebaixamento.
O time de Hamburgo tem uma série de peculiaridades que o fizeram ganhar a simpatia de milhões de fãs não apenas na Alemanha. Em sua última “peripécia”, o St. Pauli teve um jogador especial relacionado para enfrentar o Hannover 96, no fim de fevereiro. Hauke Brückner, assessor de imprensa do clube, ficou no banco de reservas. O jornalista, de 30 anos, já havia defendido o time em dez partidas na temporada 2002/03, quando o St. Pauli estava na segunda divisão alemã. Conheça mais algumas curiosidades sobre o St. Pauli:

EX-PRESIDENTE ASSUMIDAMENTE GAY

Corny Littman presidiu o St. Pauli entre 2002 e 2010. Diretor teatral, ele é declaradamente gay, o que ilustra um ponto forte do clube: seu caráter contrário a qualquer forma de discriminação. Os torcedores da equipe abominam todo tipo de racismo, sexismo, xenofobia e homofobia. Outro exemplo deste comportamento foi a remoção de um anúncio de uma revista masculina do estádio, pois foi considerado ofensivo às mulheres.

UNIFORME COM PATROCÍNIO DE SEX SHOP

A sede do St. Pauli se localiza na região de Reeperbahn, área da cidade de Hamburgo na qual se localizam boates e casas de prostituição. O clube não poderia perder a oportunidade para faturar em cima disso. A diretoria fechou um contrato com a Orion, uma das lojas de artigos eróticos mais conhecida do mundo. Para comemorar o retorno do time à primeira divisão, o sex shop fabricou 20 mil camisinhas com o escudo do St. Pauli.

UMA TORCIDA FANÁTICA E POLITIZADA

Os torcedores do St. Pauli fazem questão de exibir sua posição política, alinhada à esquerda. Estima-se que o clube tenha cerca de 11 milhões de sócios na Alemanha. A fama da equipe de Hamburgo se espalhou pelo mundo: hoje, há em torno de 500 fãs clubes do St. Pauli fora do país. A paixão da torcida também se mede no estádio. Quando o St. Pauli estava na terceira divisão, o clube tinha uma média de 15 mil torcedores por partida como mandante - contra 200 da média geral do torneio.

BANDEIRA PIRATA COMO SÍMBOLO

Force um pouco sua memória e tente se lembrar de algum time cujo uniforme tem o marrom como a cor principal. Além da peculiaridade em sua camisa, o St. Pauli tem como símbolo extraoficial a bandeira pirata. Em 2009, após marcar um gol contra o Hansa Rostock, Deniz Naki fez a festa da torcida ao fazer um sinal de que cortaria o pescoço dos adversários. A identificação com o símbolo foi completada no fim da partida, quando ele fincou uma bandeira do St. Pauli no gramado.

LIGAÇÃO PRÓXIMA ENTRE CLUBE E MÚSICA

Não seria um exagero dizer que o St. Pauli joga por música. Quando o time entra em campo no estádio Millerntor, nada de hinos; pelos alto-falantes, ouve-se Hells Bells, do AC/DC (foto). Se a equipe da casa faz um gol, a música Song#2, do Blur, anima a torcida. A ligação do clube de Hamburgo com a música vai além. Diversas bandas se mostraram simpatizantes do St. Pauli, como Bad Religion, Asian Dub Foundation e Turbonegro, e até compuseram canções sobre a equipe.
 
No final dos anos 70 os neonazistas, de forma similar a outros países (especialmente na Inglaterra), começam a se infiltrar nos estádios de futebol de Hamburgo, que até então não tinha nenhum caráter político, tomando em pouco tempo o controle dos estádios graças a sua grande organização. A partir de então eles começam a se situar no "Bloco E" da Curva Norte, por esse motivo muitos torcedores deixam de ir aos estádios. Essas organizações fascistas, que ainda hoje continuam na ativa (como "FAP", "NF" ou o mais velho partido nazista alemão "NDP"), eram capazes de criarem torcidas organizadas de caráter neonazista como os "Borussenfront" em Dormunt ou os "Hertafrösche" em Berlim. Muitos dos importantes líderes destes grupos eram militantes de partidos neonazistas. Suas zines, bandeiras e outros materiais eram dessa mesma influência política, assim como os hinos que cantavam nos estádios. Não tardou para a polícia interceptar, nesse mesmo ano, uma circular interna escrita pelo líder nazista Michael Kühnen, na qual dizia que "o futebol devia ser um campo de captação de recrutas para o movimento nazista alemão".

Por outro lado, ao norte da cidade, no bairro de St. Pauli, dar-se início a uma série de acontecimentos significativos para a história do bairro: os "squatters" se multiplicam em muito pouco tempo e as baixas rendas que pagavam pelos tetos fazem com que a maioria dos habitantes da esquerda de Hamburgo se desloque para o bairro de St. Pauli, trazendo consigo, claro, um aumento no número de espectadores do Millentorn (estádio do St. Pauli) que até então não superava os 2000 afiliados.

O FC St. Pauli sempre foi uma equipe modesta, limitando-se apenas a jogar na Bundesliga, e quase sempre jogou na segunda e terceira divisão alemã. Seu estádio, o Millentorn, conta com uma capacidade de 21000 espectadores. Por volta de 1985 começa-se a notar esse crescimento na torcida do St. Pauli. Em apenas um ano a equipe começou a dobrar o número de sócios, passando para 4000 afiliados. Já em 1989 começam a se organizar de um modo mais efetivo os primeiros grupos de torcida do St. Pauli. Em 1991 editam um vídeo sobre eles mesmos em sua passagem pela Bundesliga, feito que voltariam a realizar em 1997. Também começam a organizar seu meio de comunicação próprio, o famoso "Millentorn Roar!", que atualmente tem uma tiragem de mais de 30000 números, tornando-se assim a revista de torcidas com maior tiragens do mundo.
Mas não avancemos tanto, pois como já dissemos, pouco a pouco a massa do St. Pauli vai aumentando, chamando a atenção da extrema-direita. Em 1988 após uma disputa entre Alemanha e Holanda em Hamburgo, alguns fascistas decidem, para celebrar a vitória da seleção alemã, acabar com a Haffenstrabe, conjunto de okupas situada em St. Pauli. A resposta do bairro é incrível: avançaram em fúria contra os fascistas, confrontando-se fisicamente com eles; os nazistas sofreram numerosas perdas. Depois deste fato, mais e mais antifascistas uniram-se à torcida do St. Pauli. Porém, neste momento, o verdadeiro motivo de sua organização foi para lutar contra os projetos mesquinhos da diretoria do clube, que queria transformar o St. Pauli em um "time grande" à custa da população. Eles planejaram um mega-projeto esportivo que necessitava, como infra-estrutura, milhões de marcos... um estádio novo, um centro comercial, uma cidade esportiva...
 Enfim, isto supunha o encarecimento do preço dos tetos, o desalojamento das casas okupas, maior controle policial na zona, aburguesamento do bairro etc., e as torcidas do St. Pauli se organizaram para impedir este projeto. Foram ao estádio e fizeram uma série de manifestações, agitando cartazes e bandeiras. O clube então cedeu e as coisas ficaram como estavam. Era a segunda grande vitória, em tão pouco tempo, ganhada pela torcida do St. Pauli, esse foi o verdadeiro começo do que viria depois: deslocamentos de milhares de torcidas organizadas para ver o St. Pauli jogar por toda a Alemanha, o reconhecimento das torcidas estrangeiras (Celtic Glasgow, Athletic de Bilbao etc.) e a perplexidade dos meios de comunicação pela "estranha" torcida do St. Pauli (comunistas, anarquistas e antifascistas em geral), pelas bandeiras de Che tremulando no Estádio de Millentorn e pelos hinos antifascistas cantados por toda a sua torcida. O movimento contra-cultural também se fez presente: punks e skinheads antifascistas prestaram toda a sua solidariedade ao time do St. Pauli, formando inclusive algumas torcidas organizadas.
No início dos anos 90 torcedores antifascistas começaram a se organizar em torno do St. Pauli, surgindo assim o primeiro deles: o "St. Pauli Fans". Nesse mesmo ano, surgiu também o "St. Paulianer", que era uma torcida organizada que agrupava todo o tipo de juventude antifascista, contendo em suas fileiras um grande número de skinheads libertários, Redskins e SHARP. Sobre esta torcida ocorreu um fato curioso no final dos anos 90, quando os torcedores do "St. Paulianer" foram a Nuremberg, assistir à partida de seu time, se confrontaram fisicamente com os fascistas. A imprensa e as pessoas leigas ficaram completamente surpreendidas ao ver uma "encarniçada briga de rua entre skinheads de esquerda contra skinheads de direita". Existia também uma outra torcida denominada "BAFF" (Bündnis Antifas chistischer FusballFans). Entretanto, como já dissemos, o St. Pauli também contava com um grupo de torcedores fascistas que faziam manifestações políticas dentro do Estádio de Millentorn. Em todos os campos que iam, os neonazistas se mobilizavam para enfrentar os torcedores do St. Pauli. Mas a união entre as torcidas antifascistas do St. Pauli resultou na vitória final contra o eixo nazista. As brigas foram continuas e selvagens, mas no final de tudo as torcidas organizadas do St. Pauli limparam seu estádio da sujeira nazi-fascista, os expulsando dali no tapa (a única linguagem que esses fulanos conhecem). Também são famosos seus confrontos com os fascistas de Hamburgo, Berlim e Borussia Dortmund. Seu reflexo em outras torcidas alemãs é incrível, seguiram seus exemplos outras torcidas como as do Schalke 04, Kaiserlauntern e Mainz.
Enfim, a ideologia no seio do St. Pauli, tanto dos torcedores como da própria equipe, é o antifascismo. Foram os primeiros a organizar partidas contra o racismo, convidando imigrantes a participar. Até pouco tempo, a torcida e a equipe protestaram contra a guerra dos EUA no Iraque, levantando faixas com os dizeres: "FUCK THE WAR!". Atualmente, o St. Pauli conta com dezenas de grupos organizados que animam regularmente a equipe (todos eles antifascistas, claro!) distribuídos entre a Curva Norte e a "Gegengerade", que é a parte do estádio situada em frente à tribuna central. Todos eles animam de pé os 90 minutos da partida. Seu lugar de encontro é o ?Fanlanden?, uma espécie de lugar clandestino onde se reúnem todas as torcidas do St. Pauli, e onde se distribuem material do grupo e da equipe, elaboram a fanzine, reúnem bandeiras, discutem futebol e política e, naturalmente, tomam algumas cervejas. Também tem um programa de rádio próprio onde retransmitem diretamente todas as partidas que o St. Pauli joga fora de casa.Ficam aqui os mais sinceros parabéns a torcida e o clube, pelo acesso conseguido e fazemos votos que mantenham sua postura e atitude, que não façam concessões e muito menos abaixem a cabeça pra quem quer que seja por estarem na primeira divisão e que continuem sendo mais uma "organização" da luta anticapitalista nos tempos de hoje.

22 de agosto de 2012

Casa de Passagem: Como Vai Funcionar, Darlene?

Até o final do mês de novembro, Bauru contará com duas residências inclusivas, serviço cofinanciado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) que acolherá deficientes dependentes em situação vulnerável. No total, o programa contemplará o município com duas “casas especiais”: uma com 10 vagas para mulheres e outra com 10 vagas para homens (idade a partir de 18 anos).
A cidade de Bauru foi contemplada junto de outros cinco municípios: Cascavel e Ponta Grossa (Paraná), São José (Santa Catarina), João Pessoa (Paraíba) e Campo Grande (Mato Grosso do Sul). Como cofinanciador do projeto, o MDS contribui com R$ 10 mil mensais. Já o governo estadual deve complementar a renda com 50% deste valor, ou seja, R$ 5 mil.
A secretária do Bem-Estar Social, Darlene Tendolo (sic), fala que a Prefeitura Municipal também contribuirá, assim como já faz para as duas residências inclusivas existentes em Bauru, com apoio da Apae. “Atualmente a prefeitura contribui com R$ 21.926,06 mensais porque este projeto já existe aqui. Conseguimos quando o Lar Escola Rafael Maurício foi fechado”.
Quando houve oportunidade do município se candidatar ao aceite do MDS, a cidade já mostrava experiência por ter sido pioneira no serviço. “Esse recurso já existia por conta do acolhimento dos deficientes do Lar Escola Rafael Maurício. Quando ‘abriu’ o aceite para este projeto-piloto, a Sebes se candidatou e a nossa prática técnica se destacou dentre as demais cidades”.
Assim como o trabalho já existente com apoio da equipe técnica da Apae, as novas residências inclusivas oferecerão atendimento integral a jovens (a partir de 18 anos) e adultos com deficiência. A prioridade será para aqueles em situação de dependência, ou seja, que não conseguem realizar tarefas básicas sozinhos como comer ou tomar banho.
“Os novos candidatos serão os que estão em situação vulnerável, que vivem nas ruas, sem nenhum ou com pequeno vínculo familiar. Na próxima semana faremos um chamamento público para as entidades se candidatarem. Elas oferecerão toda a equipe especializada para cuidar destes deficientes, como a Apae já faz. As residências serão alugadas, com todo o conforto”.
Todo este trabalho social das equipes técnicas tem como objetivo principal fortalecer os vínculos familiares e comunitários, buscando sempre a reintegração à família. As residências devem estar funcionando até o fim de novembro. Serão locais comuns sem qualquer placa indicativa. Até o final deste ano, o MDS pretende instalar um total de 40 residências como esta em todo o País. Outras 80 estão previstas para 2013, bem como para o ano seguinte. A meta do governo federal é instalar 200 unidades deste tipo até 2014.Atualmente, 26 deficientes (15 homens e 11 mulheres), divididos em duas residências, passam parte do seu dia na Apae e o restante no serviço de acolhimento. Ao adentrar ao local, nota-se uma residência comum, espaçosa e aconchegante.Ou seja, esperamos que tal idéia venha para colaborar ainda mais com os nossos deficientes, que merecem tal presente, mas precisa-se, com todo o respeito, explicar em detalhes, ou melhor, nos seus pormenores, em uma atividade explicativa, como essa Casa funcionará, para que nossos deficientes possam conhecer o seu funcionamento, tudo bem, secretária Darlene? Fica aqui a sugestão!

22 de maio de 2012

A Carapuça Serviu, Né,Xuxa?

A apresentadora Xuxa discute sexo, pede para os assistentes tirarem peças das roupas e ainda promove namoro entre os convidados. O Planeta Xuxa teoricamente voltado para o público infantil, traz alguns atrativos típicos de alguns programas pornográficos exibidos nas madrugadas pela CNT e pela Bandeirantes ." Num horário infanto-juvenil e familiar, domingo 13h, 14h, Xuxa "chega ao cúmulo de questionar posições sexuais que os entrevistados mais apreciam. Outro exemplo de perversidade do programa é a explosão erótica desnecessária dos ajudantes de palco de Xuxa. Como se fosse um filme erótico, ela pessoalmente despe algumas das peças dos sarados paquitos, para delírio do público...pois vamos aos fatos, Xuxa

Você, Xuxa parece não ter consciência de sua importância na televisão... sua preocupação é exaltar o glamour, um mundo de sonhos, que na verdade é de difícil acesso ao grande público." Sem dúvida, ela não tem consciência de sua importância na televisão e nem preparo intelectual para discutir assuntos sérios ou entrevistar pessoas sérias. E por isso você faz muito mal ao povo brasileiro há uma porrada de anos. Vamos aos fatos: 

Maria da Graça Meneghel Xuxa apareceu no final dos anos 70 no Rio de Janeiro, sem qualquer formação profissional e educacional, como modelo em campeonatos de surf e boates da moda da época. Em 1979/80, ela teve a sorte de conhecer o tal de Edson Arantes do Nascimento, Pelé, que na ocasião vivia um mundo de sonhos. Pelé tinha encerrado a carreira de jogador de futebol no Cosmos de New York, cheio da grana e solteiro, caía na gandaia em São Paulo e Rio. Num desses inferninhos cariocas Pelé conheceu você. Namoraram durante dois anos. Pelé te levou para um patamar acima da fila de espera nas boates (o chamado "sereninho" para quem não tem status, espere na calçada para entrar) e introduziu-a ao mundo das revistas e filmes pornográficos.

Você, Xuxa, inocente aos seus 19, 20 anos, caiu direitinho. Tirou a roupa no cinema e nas revistas, deitou, rolou e caiu na farra. Um belo dia, algum produtor de televisão mais esperto te convidou para apresentar um programa infantil de televisão na Rede Manchete. Você topou, foi bem e anos depois passou a trabalhar na poderosa Rede Globo. Muito bem. Ou melhor, muito mal. Foi aí que toda uma geração de jovens brasileiros foi pra cucuia.

Crianças de 4 a 17 anos em meados dos anos 80 simplesmente desistiram da escola. O mundo mudou aqui no Brasil. Como eu disse no começo, garotas e garotos dos anos 60 e 70 foram educados lendo, conversando, discutindo assuntos. A partir dos anos 80, a molecada passou a ser criada vendo televisão. Ou por que os pais trabalhavam e a melhor babá era a telinha, ou porque os pirralhos preferiam ver TV a ler uma revistinha ou um livrinho. E Xuxa colaborou muito para isso, mostrando durante quase duas décadas um mundo de fantasia para as crianças, que cativava e ensinava absolutamente nada.

Tudo para aumentar o faturamento da emissora (nessa época descobriram essa fatia consumista infantil e juvenil) e aumentar também a fortuna pessoal da loira. Milhões de horas foram desperdiçadas em frente a TV. Pior, outras loiras e morenas de igual ou inferior valor a Xuxa apareceram na TV, sempre destacando brincadeiras e ensinamentos de gosto e utilidades duvidosos. Xuxa criou um mundo diferente. Meninos e meninas assistiam regularmente seus programas, disputando quem sabia mais sobre os mesmos.


O mal que a Xuxa fez para uma geração inteira, meninos e meninas que hoje têm entre 14 e 34 anos mais ou menos, é irreparável. Ela os tirou do mundo maravilhoso dos livros, da cultura, da escola (é claro que as crianças iam e ainda vão à aula, mas é mero cumprimento de dever) para se tornarem verdadeiros fanáticos adoradores do mundo irreal de Xuxa e suas paquitas.

Já é tão difícil para os pais insistir com seus filhos para estudar, fazer a lição de casa, freqüentar a escola regularmente, imaginem lutar contra um formador de opinião poderoso como a Xuxa e outras animadoras de palco infantis. As crianças que iam a escola pela manhã, muitas vezes faltavam para assistir ao programa da Xuxa. Ou então gravavam pela manhã para poderem se divertir à tarde. As crianças que estudavam à tarde, não faziam as tarefas de manhã e tampouco liam alguma coisa. O leitor amigo duvida disso?

Faça uma pesquisa, como eu fiz, entre familiares, amigos, ou pergunte no seu local de trabalho para um desses jovens de 14 a 34 anos (mais ou menos) quem foi Balzac, Machado de Assis ou Monteiro Lobato. Pergunte para os mesmos se eles sabem quem foi Mozart, Beethoven, ou mesmo Rembrandt, Renoir, Tarsila do Amaral. Muito difícil ? Vamos facilitar. Pergunte para as atuais gerações se eles sabem o que é uma paroxítona, ou quais são os 4 pontos cardeais, ou ainda qual a capital da Bolívia.

Dia desses num desses programas de auditório, três artistas cantores e bailarinas de axé e pagode tentaram responder a essas perguntas. Sobre paroxítona a bailarina de uns 25 anos respondeu "é um remédio novo?" Para os 4 pontos cardeais o sambista (uns 29, 30 anos) disse que eram frente, verso, traseiro e dianteiro. E sobre capital da Bolívia o sujeito respondeu que era "Venezuela". O apresentador ficou com a cara no chão.

Tenho ouvido em pesquisas no rádio, TV e jornais, que adolescentes na faculdade escrevem "profição" ao invés de profissão e "séquiço" ao invés de sexo.

O resultado da doutrinação da Xuxa nos "baixinhos" dos anos 80 e 90 não têm limites. Pessoas na TV respondem as maiores besteiras da paróquia sobre qualquer assunto. Não creio que a cultura seja tão fundamental assim para o bem viver, talvez honestidade, boa educação estejam um passinho à frente. Mas a falta de leitura, de uma boa educação cultural prejudica o próprio sujeito, limitando suas possibilidades escolares e profissionais, afetando seu desenvolvimento junto a comunidade e segurando o desenvolvimento do País.

Xuxa, você, com muito prazer, não é a única responsável por escolas e professores medíocres. Mas ela contribuiu fundamentalmente para a criação de uma geração que vive de fantasia, de sonhos que não serão realizados, uma geração que só quer saber de um monte de porcarias, sem responsabilidade, sem objetivos sérios. O leitor desse blog já tentou conversar com alguma dessas meninas e meninos de telemarketing, por exemplo, de uma empresa qualquer? É um sofrimento. São pessoas despreparadas, arrogantes, parecendo muitas vezes com a gravação que sempre iniciam as ligações.

Gostaria de acrescentar ao brilhante artigo do Leandro Calixto, que você tentou a vida com seus programas nos EUA. Não funcionou, foi quase expulsa de lá, porque para os padrões infanto-juvenis americanos, você era completamente indecente, pornográfica. No Chile eles te  reconhecem como a "rainha dos grandinhos" pois é sexy demais para os meninos. Na Argentina também não colou.

E por último, o pior dos seus exemplos, sua ex-atriz pornô e modelo de revistas de mulher pelada, foi a aquisição do sêmen de um bonitão, que era "saudável o suficiente" para gerar um filho com você, e depois o dispensou, assim como os familiares do pobre coitado. Belo exemplo para as crianças, para as famílias, para a formação de um País civilizado, sua vagabunda. Quem aprova as tuas atitudes, Xuxa, não pode falar nada das milhares de mães solteiras (contra a própria vontade) e dos meninos de rua abandonados pelo Brasil afora, e muito menos vir a público cacarejar que foi abusada sexualmente, como você fez no último domingo no Fantástico.(traduzindo: quem procura chifre na cabeça de cavalo , uma hora acha, e você achou o seu!) Você, Xuxa, infelizmente, mandou uma geração pro espaço, formando uma legião de fanáticos ingênuos e aculturados. Em qualquer país sério, você estaria na cadeia.

Legalização Das Drogas Uma Ova, Queremos Emprego,Educação,Saúde, Diversão e Arte!!

Atualmente a juventude, sobretudo nas periferias, vive uma situação caótica, onde o capitalismo não lhes reserva nenhum futuro além de alienação, desemprego, dependência às drogas, criminalidade, cadeia e morte.
Lamentavelmente algumas organizações populares, de juventude ou dos trabalhadores defendem a legalização do uso de drogas, como se essa fosse a solução para os problemas que a juventude enfrenta. Muitas vezes até associando o uso de drogas à rebeldia juvenil. No nosso entendimento essa posição deve ser revista e não há nada de revolucionário em fumar maconha.
Não afirmamos isso sobre uma base moralista, religiosa ou de bons costumes, mas partindo da premissa que as drogas são instrumento de alienação e destruição da juventude e trabalhadores e servem para financiar o imperialismo, a indústria bélica, corrupção, lavagem de dinheiro, violência policial, e a matança de nossa juventude.
Por isso nós do Boteco do Valente não tomamos parte nas tais marchas da maconha. Para nós, no capitalismo, as drogas exercem um papel fundamental de destruição física, mental e da vida social da classe trabalhadora, em especial a juventude.
Dessa forma o imperialismo facilita o acesso e incentiva o uso de drogas por 3 razões principais:
1ª – O tráfico mundial de drogas é bastante lucrativo, gerando cerca de 300 a 500 bilhões de dólares anualmente, o que faz das drogas um elemento importante para salvar as economias, ainda mais nesses tempos de crise;
2ª – As drogas são eficazes para alienar a juventude, afastando-a artificialmente da realidade, da discussão política e da luta pelas suas reivindicações, sendo também um instrumento de criminalização e dissolução dos movimentos sociais (respectivamente, a exemplo do caso da USP recentemente e do Partido Panteras Negras, nos EUA, que foi destroçado pela enxurrada de drogas somadas à forte repressão policial);
3ª – O envolvimento de jovens com o uso e/ou tráfico de drogas gera um número incontável de mortes violentas, são jovens da classe trabalhadora (maior parcela negros) que não tem acesso garantido a educação, emprego entre outros direitos sociais que são as principais vitimas desse massacre.
Acabar com a guerra as drogas? O que está por trás desse discurso?
‘De tanto se repetir uma mentira, ela acaba se transformando em verdade’, assim falou Joseph Goebbels, ministro da propaganda nazista, e é essa cartilha que a direita brasileira até hoje segue aplicando. Isso fica explícito no filme ‘Quebrando o Tabu’, onde o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), num gesto de uma baita falta de cérebro, faz um giro pelo mundo mostrando o suposto ‘sucesso’ da ‘nova política de drogas’, nos países que descriminalizaram ou legalizaram o uso e comercialização da maconha. Curiosamente todos esses países enfrentam a profunda crise do sistema capitalista, e seus governos fazem de tudo para impedir que trabalhadores e jovens resistam, aplicam planos de austeridade que destroem empregos e reduzem salários, mas nesse quesito teriam sido “democráticos e libertários”. Quem pode acreditar no conteúdo social desse “sucesso”? E quem foi e quem é FHC, esse moleque, mesmo?
Quando esse bandido foi presidente do Brasil, precarizou a educação, saúde, destruiu serviços públicos, empregos, privatizou dezenas de estatais tudo em nome do benefício das multinacionais e do capital estrangeiro. Daí de uma hora para outra,  surgiu com uma conversinha fiada de estar  preocupado com a juventude, afirmando que a ‘política proibicionista é atrasada’ e que é preciso ‘quebrar o tabu’ e legalizar. Ao nosso ver, não há ação sem intenção. A intenção dele (ele não engana ninguém aqui no Boteco todo mundo sabe ler, malandro!) é clara: ele, junto com outros inimigos da classe trabalhadora, fizeram as contas, percebendo o quanto eles podem lucrar organizando a venda legalizada da maconha.
Bill Clinton (ex-presidente do EUA), FHC, o megaespeculador George soros e tantos outros defensores da causa afirmam em uníssono que ‘a política de guerra às drogas fracassou’.Isso já virou um dos principais slogans da marcha da maconha. Como se existisse uma política de verdadeiro combate às drogas!
O que existe é uma política de repressão localizada, onde o estado só investe em armamento para a policia que utiliza o argumento de combate ao tráfico para agir violentamente nas periferias.
Nesse sentido a politica de “guerra às drogas” que deveria se chamar guerra ao povo e que camufla na realidade o genocídio da juventude negra e da periferia é, do ponto de vista do imperialismo e da burguesia, um sucesso. E certamente deve ser combatida! Mas nunca houve uma verdadeira politica de combate às drogas.
Uma verdadeira política de combate às drogas, só pode ser feita com investimento em educação, empregos, reforma agrária, saúde, lazer, saneamento, cultura, esporte etc; O estado deveria garantir condições de assistência e escoamento da produção para que o pequeno agricultor plante alimentos ao invés de plantar droga para sobreviver;
As fronteiras deveriam ser fiscalizadas de fato, os portos, as rodovias, impedindo que a droga entre no país; Seria necessário quebrar o sigilo bancário, pois anualmente bilhões são lavados e injetados na economia mundial às custas de milhares de mortes da classe trabalhadora.
Os defensores da legalização argumentam:
Com a legalização serão cobrado impostos e o dinheiro será investido em clinicas de saúde para os usuários’.
Quem garante isso? Esse fulano? O grande privatizador queridinho do FMI que chamou os aposentados de vagabundos? Que criou a lei que regulamenta as Organizações Sociais (OS’s) que é uma forma de privatizar a saúde no Brasil? Sinceramente não acreditamos. Nem tampouco é necessário legalizar a maconha para melhorar nossos hospitais e garantir que a população brasileira tenha um sistema de saúde de qualidade. É necessário romper com a divida e os banqueiros que sugam nossos recursos, para aplicar nos serviços públicos. Os centros de tratamento para usuários que existem em pequena quantidade não precisam de dinheiro de impostos de drogas para serem ampliados.
‘A legalização acabará com o tráfico, crime organizado e cartéis da droga e em consequência, com a repressão aos jovens na periferia’
Não concordamos! É obvio que existe uma relação muito próxima entre os cartéis das drogas com banqueiros, especuladores, policia, políticos e toda a corja que acoberta e garante que drogas e armas possam chegar nas comunidades pobres do Brasil. Afinal de contas, nas favelas não tem fábricas de armas, ou plantações de drogas. No filme quebrando o Tabu, o doutor em cinismo FHC, fala como se não existisse essa relação entre as autoridades, os cartéis da droga e traficantes dos morros. A polícia muitas vezes age como ‘reguladora de mercado’ apreendendo e liberando certas quantidades de drogas seja nas rodovias ou até nas favelas.
Mesmo que supostamente a maconha seja comercializada de forma “legal”, o tráfico não vai ‘quebrar’. Ele continuará existindo e se não vendendo prioritariamente a maconha, venderá outras drogas mais pesadas. Aliás, basta ver como funciona o comércio e produção de armas. Mais lucrativo que a droga, ele é legalizado. Isso no entanto não impede o tráfico de armas por todo o mundo, fazendo render bilhões a grandes empresários, que agem como verdadeiros abutres e lavam dinheiro para injetar no mercado “Legalizado” sem pagar impostos.
Enquanto isso os jovens da periferia continuam sendo reprimidos, com a droga legalizada ou não. A droga é apenas um meio, e bem eficiente por sinal, da destruição dos jovens na periferia pela burguesia, que quer oprimir, para continuar explorando mão de obra barata e impedindo que os jovens se organizem, resistam e lutem para mudar sua realidade. O tráfico continuaria existindo e outros elementos seriam criados para tentar justificar a injustificável repressão e genocídio de jovens. O único caminho para combater isso é exigindo serviços públicos, emprego, educação, saúde, lazer e acabar com policia militarizada herdada do período da ditadura, treinada para a guerra ao invés de segurança publica!
“Mas o Alcool é legalizado. Porque o álcool pode e a maconha não?”
O álcool faz mal. Indiscutivel. “Ele faz tão mal ou mais mal que a maconha”. Pode ser. O fato é que o problema do alcoolismo no país é sério, é responsável por grande parte dos problemas de violência doméstica, por mortes em acidentes de trânsito e outros problemas. Mas nós não somos adeptos da filosofia de o que está ruim pode piorar. Não é porque o álcool é legalizado que temos que defender a legalização de mais uma droga. Qualquer um sabe que um jovem pode comprar álcool em qualquer esquina do país. E que esse fácil acesso é responsável por criar um alto numero de viciados em álcool que ainda jovens se tornam alcoólatras.
Não somos hipócritas. Há provavelmente entre nós militantes que utilizam álcool. Esse é o resultado da contradição da sociedade em que vivemos e de anos de implantação do álcool na cultura do país. Mas não somos defensores do álcool como droga, nem ficamos vangloriando seus possíveis valores medicinais (argumento comumente utilizado pra defender o uso da maconha). Ao contrário, reconhecemos no álcool uma droga, utilizada inclusive para alienar e controlar o povo. Mas reconhecemos na maconha outra droga e não caímos no argumento tosco de que já que um é legalizado, esse ou todos devem ser.
“A maconha não é porta de entrada para outras drogas.”
Sabemos que o álcool e o cigarro são as portas iniciais ao uso de drogas, propiciando ao uso de outras substancias ilegais. A droga causa problemas diferentes de acordo com o meio social na qual é utilizada. Nas periferias, a maconha é a porta de entrada para outras drogas mais pesadas a exemplo do crack e cocaína. Mesmo não tendo pesquisas específicas que falem sobre isso, sabemos que a maioria dos jovens que hoje usam crack iniciaram na maconha. Fumando primeiramente a maconha, em seguida maconha misturada com crack (popularmente chamado de mesclado ou melado). Na falta da maconha (que é mais difícil de encontrar nas ruas), e pelo crack ter um forte poder de viciar, o usuário termina usando só o crack, tornando-se um escravo da droga e morrendo por conta de pequenas dividas com traficantes ou pela repressão policial. E nem é preciso dizer o estrago que o crack vem fazendo na juventude.
Nem repressão nem Legalização! Queremos emprego, educação, diversão e arte!
As drogas são um meio de alienar os jovens e os trabalhadores, faze-los esquecer, tentar atenuar a exploração sob a qual eles estão submetidos, quando o que precisamos é de jovens conscientes para lutar contra o sistema! E a droga é usada como desculpa para por em prática a repressão e o genocídio da juventude nas periferias, levado a cabo pela policia militarizada, herança da ditadura militar. A juventude não precisa de drogas! O que a juventude precisa é de ver suas reivindicações atendidas. Por isso chega de poder público e sociedade civil, ficar feito cachorro e gato trocando gentilezas como duas comadres na feira, e tratem de levantar juntos, para o bem de nossa cidade, a seguinte bandeira: nem repressão, nem legalização! Queremos emprego, educação diversão e arte!

Cachoeira, CPMI e Boca Aberta: Quem Tem....Tem Medo!

O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, compareceu nesta terça-feira (22) à CPI que investiga as ligações que manteve com políticos e empresários, e logo no início de seu depoimento anunciou que não falará nada à comissão.

"Estou aqui como manda a lei para responder o que for necessário, e constitucional mente eu fui advertido pelos advogados para não dizer nada", afirmo. "Eu não falarei nada aqui, somente depois da audiência que nós vamos ter no juiz que, se por ventura achar que eu deva contribuir, pode me chamar que eu virei para falar, OK?", acrescentou. Cachoeira, preso desde fevereiro acusado de comandar uma rede de jogos ilegais, motivou a CPI mista instalada no mês passado e seu depoimento estava sendo aguardado desde a semana passada.

O empresário deveria ter ido à CPI no dia 15, mas seu depoimento foi suspenso após decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que atendeu a um pedido da defesa que argumentou não ter tido acesso ao material sobre Cachoeira. O empresário, se cagando de medo, anunciou que não falaria atendendo a orientações de seus advogados.

A CPI do bicheiro Carlos Cachoeira mal começou e já teve seu fim “decretado” por antecipação. Em sua sessão plenária do dia 17/05, a CPI deliberou por não convocar os principais protagonistas da nutrida teia de corrupção estatal, que tem na figura do bicheiro goiano apenas um ponto de intercessão. Não foram aprovadas as convocações dos três governadores publicamente implicados (RJ, GO e DF), tampouco o “dono” da empreiteira Delta e o editor da revista VEJA (ambos cagando nas calças de medo!)  terão que comparecer a comissão de inquérito do congresso. Até aí nenhuma grande surpresa, pois até o próprio Cachoeira pode se livrar de prestar depoimento, protegido por uma chicana jurídica de seu poderoso advogado, o ex-ministro do governo Lula, Márcio Thomaz Bastos. Convocado somente a “raia miúda” a CPI vai cumprindo seu papel midiático distracionista, enquanto os tubarões da política burguesa vão “reposicionando” seus negócios com a venda da empreiteira Delta a um forte grupo econômico, curiosamente do ramo alimentício. Na verdade somente muito tolos poderiam crer que o foco do escândalo em torno da relação entre o bicheiro e o senador Demóstenes Torres fosse em função das “gorjetas” distribuídas com a arrecadação do jogo do bicho em Goiás.
Como a relação com as empreiteiras é o principal negócio contratado pelo estado brasileiro há muito tempo, a Delta rapidamente transformou- se em propriedade de um consórcio nacional de políticos burgueses, onde Fernando Cavendish era apenas um sócio gerente. Por isso mesmo sabe- se muito bem que não são apenas os “três patetas” governadores que tem ligação com as operações da Delta, a lista é muito maior e atinge até mesmo Dilma e seu primeiro escalão governamental . A suspensão dos contratos das obras da Delta pelo país afora foi uma exigência direta da própria presidência, para tentar “limpar” a empresa e repassá-la a outro proprietário formal enquanto baixa a poeira do escândalo. Potenciada com as obras da copa do mundo e olimpíadas, a Delta configurou- se como o “caixa dois” preferencial da política burguesa nacional e de outras empreiteiras menores, envolvendo até mesmo o dito “probo” PSOL, através do vereador Elias Vaz de Goiânia e o dirigente nacional Martiniano Cavalcante, dono de uma pequena construtora “parceira” da Delta na mesma cidade.
Outro embate que deve ser evitado a todo custo nos holofotes da CPI é a atual queda de braço entre a fração estatal que pretende “rifar” o ex-ministro José Dirceu e sua antourage petista e os neófitos da Dilma, que sonha com a “independência” política diante do aparelho Lulista. Como o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, está encarregado de pedir a “cabeça” de Dirceu no julgamento do STF que se aproxima, o círculo petista do “campo majoritário” tratou logo de vincular a imagem de Gurgel com o suborno recebido para “arquivar” as investigações da Polícia Federal sobre a “ramificação” Cachoeira. A tendência política predominante nesta disputa inter-burguesa, que tem na CPI apenas a ponta do icebergue, é de mais um acordo geral entre as frações dominantes comprometidas até a medula com a corrupção estatal, podendo ser oferecida como “cachimbo da paz” a cabeça do enfraquecido Dirceu.
Desde quando essa putaria começou o bloco da  dita “oposição de esquerda” fazia demagogia “ética”, estando também emporcalhados, até o fundo de suas cuecas com a sujeira da Delta e do bicheiro Cachoeira. Agora diante da frustração é possível que muitos entusiastas da CPI venham a dizer que esta se transformou em um organismo “chapa branca”, para proteger as figuras mais sinistras deste regime da democracia dos ricos. O movimento operário mais avançado deve abstrair todas as lições da panaceia da institucionalidade burguesa, e romper com esta esquerda fedorenta que defende a “moralidade” de um estado burguês decomposto que não pode ser reformado, como pretendem estes senhores, e sim demolido violentamente pela ação consciente e revolucionária do proletariado, ou seja, se não houver um controle social na CPMI do Cachoeira, ficará difícil investigar e punir os bandidos do Planalto.  Enviem mensagens pra essa cambada de cornos, exigindo transparência nas sessões e documentos, nem que pra isso eles tenham que renunciar. Cumpram as leis 131/2009 e 12.527/2011.

Deputados

Cândido Vaccarezza
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Odair Cunha
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Paulo Teixeira
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Iris de Araújo
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Luiz Pitiman
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Carlos Sampaio
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Fernando Francischini
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Gladson Cameli
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Onyx Lorenzoni
dep.onyxlorenzoni@camara.gov.br
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Maurício Quintella Lessa
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Paulo Foletto
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Miro Teixeira
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Rubens Bueno
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Silvio Costa
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Filipe Pereira
dep.filipepereira@camara.gov.br
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Delegado Protógenes
dep.delegadoprotogenes@camara.gov.br
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Senadores

José Pimentel(PT)
gab.josepimentel@senado.gov.br
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Humberto Costa(PT)
humberto.costa@senador.gov.br
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Lídice da Mata(PSB)
lidice.mata@senadora.gov.br
http://www.senado.gov.br/senadores/dinamico/paginst/senador4575a.asp

Pedro Taques(PDT)
pedrotaques@senador.gov.br
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Vanessa Grazziotin(PC DO B)
vanessa.grazziotin@senadora.gov.br
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Vital do Rêgo(PMDB)
vital.rego@senador.gov.br
http://www.senado.gov.br/senadores/dinamico/paginst/senador4645a.asp

Ricardo Ferraço(PMDB)
ricardoferraco@senador.gov.br
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Sérgio Souza(PMDB)
sergiosouza@senado.gov.br
http://www.senado.gov.br/senadores/dinamico/paginst/senador5048a.asp

Ciro Nogueira(PP)
ciro.nogueira@senador.gov.br
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Paulo Davim(PV)
paulodavim@senador.gov.br
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Jayme Campos(DEM)
jayme.campos@senador.gov.br
http://www.senado.gov.br/senadores/dinamico/paginst/senador4531a.asp

Alvaro Dias(PSDB)
alvarodias@senador.gov.br
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Cássio Cunha Lima(PSDB)
cassio@senador.gov.br
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Fernando Collor(PTB)
fernando.collor@senador.gov.br
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Vicentinho Alves(PR)
vicentinho.alves@senador.gov.br
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Kátia Abreu
katia.abreu@senadora.gov.br
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Lista oficial com os suplentes:
http://rl.senado.gov.br/reports/rwservlet?accor&report=accor/COMPCPMI.RDF&desformat=PDF&P_COD_COLEGIADO=1589&P_DATA=04/05/2012&P_TIP_PUBLICACAO=W

Envie para os endereços respectivos requerimento exigindo a oitiva do Civita. Ele precisa dizer à sociedade brasileira se autorizou o jornalista da Veja a se tornar membro da quadrilha do Cachoeira.